Aventura e emoções rumo ao Caribe
- Marta Gaino
- 2 de jun. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 24 de mai. de 2020
GRANDE CRUZEIRO NO CARIBE
Chegou o grande dia de embarcar no cruzeiro pelo Caribe! Saímos às 03:00h da manhã do hotel porque nosso vôo era às 07:00h, internacional para Miami e o aeroporto é bem distante de onde estávamos. Chegamos, despachamos as malas, passamos por vários pontos de checagem de documentos e nos acomodamos no saguão tentando não dormir até às 06:00h que era a hora que começava o check-in bem tranquilos.
Na hora de entregar as passagens, a atendente pediu o documento de imigração de entrada no México, aí bateu um desespero.... Cadê o envelope com a documentação? Na arrumação das malas colocamos os papéis num envelope e guardamos na mala ... na mala tamanho “Miami” que foi despachada!
Alucinados saímos correndo pelos corredores do aeroporto para fazer uma segunda via do documento, quando conseguimos encontrar a sala tínhamos de preencher um requerimento, mas a taxa e a multa só podiam ser pagas em pesos, e é claro que não tínhamos mais nenhum peso... Otávio teve que sair e ir trocar dólares por pesos lá nos confins do aeroporto enquanto eu preenchia os formulários, outra correria até chegar lá, pedir licença na fila para passar na frente de todos, e quando chegou no caixa estava sem o passaporte... ele teve de voltar todo o caminho até onde eu estava, pegar o passaporte, voltar de novo para a mesa de câmbio. Otávio conseguiu trocar os dólares por pesos, voltou todo o caminho até onde eu estava, pagamos, pegamos a segunda via do documentos e destrambelhamos correndo até o portão de embarque, mas antes tivemos de passar por toda a alfandega e polícia federal novamente.
Passamos de novo por todo o processo de revista e quando chegamos no check-in estávamos 15 minutos atrasados e não deixaram a gente embarcar por mais que pedíssemos e justificássemos tudo o que aconteceu. Tudo isso aconteceu em menos de 30 minutos, o avião ainda estava no portão e demorou mais uns quinze minutos para sair, mas não conseguimos embarcar nem pedindo pelo amor de Santa Guadalupe!
Tudo isso aconteceu porque ninguém pediu esse documento durante todo o processo de conferência de documentos e de malas às 04h da manhã! Quando chegamos conferiram os passaportes, despachamos as malas e ninguém se lembrou de pedir esse documento de entrada no México. Nem alfandega, nema a policia federal, ninguém... só o guichê do check-in é que foi se lembrar disso? Pediram o passaporte quando fomos despachar as malas, mas ninguém se lembrou do documento de imigração, era só abrir a mala e pegar o envelope!!!! Estou indignada até hoje!
Nos restou sentar e ver o avião decolar para Miami... Tivemos que comprar uma nova passagem para o voo das 11:45h com chegada prevista para às 16:25h; o check-in do navio encerrava às 17:00h e eu estava tão cansada, indignada e desesperada que entrei em choque, pensando que íamos perder o navio também.
Começamos a acionar a família para nos ajudar remotamente, pedimos a Maria Cecília que conseguiu falar com a empresa, mas não conseguimos resolver nada. Falamos com Pedro Gaino para conseguir informações com a cia. aérea, caso tivéssemos que mudar todos os planos do resto da viagem... acordados desde às 2h da madrugada e completamente atordoados ficamos esperamos no embarque que mudou de portão 2 vezes até que conseguimos embarcara e sair do México. Durante todo o voo eu não sabia se chorava de raiva ou se continuava rezando para chegarmos a tempo.
Por incrível que pareça e pelas milhares de orações a N.S.Guadalupe, o voo chegou 30 minutos adiantado e apesar de toda a demora para aquele povo sair de dentro do avião, conseguimos chegar na imigração sem problemas. Pegamos um táxi, Otávio passou o endereço para o motorista e eu só consegui falar *We are late very very late...* o motorista viu o nosso desespero e enfiou o pé na tábua, pegou um “túnel do tempo” e chegou no cais. Quando olhei o relógio, faltavam 15 minutos para às 17:00h. De onde descemos do táxi até entrar no navio foi um labirinto de corredores e cordas, arrastando as malas até que encontramos o saguão de embarque e fomos os últimos de nosso grupo a conseguir embarcar.
Fizemos o check-in faltando 10 minutos para encerrar, e minhas pernas estão tremendo até agora.
Eu quase enfartei correndo pelo aeroporto com medo que alguém parasse a gente para perguntar o porquê da correria. Quase morro de raiva quando aquela mulher não deixou a gente embarcar no avião, quase desmancho de chorar enquanto esperávamos o próximo voo, quase desmaiei no táxi correndo pelas ruas de Miami, achei que não ia conseguir atravessar todas aquelas salas até chegar ao navio, mas enfim Nossa Senhora de Guadalupe estava conosco, e eu sobrevivi, só pode!
Comentários