Belém Bethlehem

Do Muro das Lamentações seguimos para Belém, com o detalhe de que não havíamos percebido/lembrado ainda que Belém fica em território palestino.

Tivemos que atravessar a fronteira, passar pelo muro de concreto que separa Israel da Palestina, nosso guia que tem dupla cidadania (judeu/argentina) pode entrar, mas teve de passar a condução do grupo para um guia palestino. O guia do outro grupo que era judeu/israelense ficou em Jerusalém…

Almoçamos em um hotel de luxo, pelo menos o prédio parecia um castelo, e seguimos para um ponto de compras recomendado desde o primeiro dia como o melhor lugar para se comprar souvenires. Assim que entramos o dono da loja fechou a porta para que o camelôs não entrassem atrás da gente (camelô vendedor de bugigangas e não camelo animal). Lá tinha realmente tudo - tudo o que nós vimos desde Nazaré: santinho, medalhinha, jóias, chaveiros, bolsas, estatuetas em madeira de oliveira, óleos e água benta do rio Jordão… tudo… A um preço exorbitante até para turistas loucos para comprar lembrancinhas…

Trocamos de ônibus e pegamos 4 vans palestinas para seguir até a Basílica da Natividade. Relembrando, essa basílica foi erguida por Santa Helena sobre a gruta onde Jesus nasceu, incluindo o local da manjedoura.

Nesse local existem várias igrejas juntas e você só percebe que saiu de uma e entrou em outra quando muda a decoração do templo de ortodoxo, para romano/franciscano e armênio. Ao longo dos milênios, vários templos foram construídos uns sobre os outros, dependendo de quem ganhasse a guerra no da época, desde a antiguidade quando era um templo ao deus Adonis até os dias de hoje com as igrejas católicas divididas entre si.

No piso das igrejas ainda estão bem conservados os mosaicos geométricos com flores e pássaros; para não danificar os desenhos os turistas andam sobre um piso falso de madeira e apenas alguns pontos o piso original ficam a mostra.

Saímos da igreja da Natividade, trocamos novamente de transporte, pegamos nosso ônibus e voltamos para Jerusalém porque faltava ainda ver o Monte das Oliveiras.

Chegamos no mirante exatamente junto com o pôr do sol e foi muito bonito ver esse momento e imaginar que Jesus tinha a mesma visão daquele lugar…

Na saída Otávio conseguiu pegar um galinho de oliveira com umas azeitoninhas verdinhas penduradas… Essa talvez seja a melhor ” lembrancinha” que levaremos daqui.