Fases
- Marta Gaino
- 11 de ago. de 2009
- 2 min de leitura
Quatro fases
A Vida nunca vem só, sempre está em companhia de seu contrário que a complementa, a Morte.
Nossa objetividade só ganha forma baseada e contraposta na subjetividade que também carregamos em nós.
O masculino destaca-se apenas ao lado do feminino, o ying do yang, a anina do animus, o Sol com a Lua, a Terra com o Céu, o sal do açúcar… o duo positivo/negativo que necessariamente não quer dizer bom e mau, apenas contrários que se atraem, repelem e se complementam.
Mas nesse universo existe também uma visão de quatro fases alquímicas pelas quais tudo e todos passam, em busca da pedra filosofal.
Não para transformar chumbo em ouro, mas para transformar-se por dentro em algo de maior valor, mesmo que nesse pensamento também exista seu avesso na interpretação de que o chumbo não tenha valor, pois tem, como elemento natural encontrado em abundância que serve para fundear e dar bases sólidas e seguras ou como proteção de raios nocivos, radioativos, kripytonita, etc…
Essas quatro fases são sucessivas e complementares porque uma aproveita o conhecimento de sua antecessora e prepara o crescimento da próxima.
Na fase Nigredo – instala-se o caos, a crise, o sofrimento, as perdas, a escuridão, o desnorteio que nos paralisa, o abismo no qual sentimos o perder das forças, as trevas da solidão, a melancolia, a tristeza profunda, o abandono de si ao largo da falta de vida que nos puxa para o inferno que criamos para nós mesmos.
Na fase Albedo – abre-se uma fresta por onde se consegue sentir um raio de luz, calor e energia, num esforço de purificação interna, na reconstrução do mundo vencendo o caos, onde e quando buscamos saber quem somos, o que queremos, a diferenciação e a noção do sofrimento e felicidade, da força e poder de mudar, romper com complexos e paradigmas para conseguir traçar caminhos e objetivos para seguir em frente em busca da consciência de si.
Na fase Citredo – busca-se a conquista de uma nova consciência sobre si, sobre o mundo, sobre o eu, o tu e o nós, diferenciação da alma do corpo, crescimento interno que expande a compreensão de sentimentos como compaixão, perdão e amor por si e pelos outros. Radiância como um Sol que ilumina e aquece por dentro e por fora, numa abundância que floresce tudo ao redor.
Na fase Rubedo – chega-se ao ápice do crescimento e sabedoria sintetizando as diferenças e rupturas, as contradições, unindo o corpo, a alma e a mente tornando o material e o subjetivo em um indivíduo completo, num renascimento onde não cabe mais a dualidade, as dúvidas, o sofrimento, a perda, por estar-se completo e total naquilo que se buscava como última fronteira do conhecimento de si.
A cada fase corresponde uma cor como o preto, o branco, o amarelo e o vermelho;
A cada fase exige-se uma quantidade de energia em movimento;
A cada fase podemos encontrar uma parte de nós;
A cada fase mostramos um pouco do que realmente somos por dentro.
Marta

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