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Sarau

A idéia de fazer esse sarau surgiu na aula de pintura numa conversa com Túlio, meu professor.

Havia pedido a ele que produzisse um fundo artístico para que eu colocasse algumas poesias que iria expor numa feira de artes no trabalho. Encaminhei uma foto com 18 textos e disse-lhe que o que ele conseguisse fazer estaria bom demais. Para minha surpresa ele não fez um  fundo, mas sim 18 imagens lindas trabalhadas sobre uma mesma fotografia e inspiradas nas poesias. Ficou um trabalho maravilhoso!… Imprimi as imagens em posters e apresentei na Feira de Artes.



Algumas aulas depois, levei os cartazes no ateliê para as colegas conhecerem o trabalho. Todos gostaram muito, tanto das imagens quanto das poesias e dai surgiu a proposta de fazermos um evento cultural. Nessa discussão me deu vontade de unir a música à poesia e a idéia com o formato do sarau já estava pronta em minha cabeça.

Convidei meus colegas músicos para me acompanharem, escolhi as músicas para traçar um caminho para a leitura dos poemas, organizei a recepção e pronto. Mais um sonho realizado!


A energia positiva com que todos os envolvidos e convidados foram se integrando ao projeto me contagiou de tal forma, que passei uns dois meses respirando essa overdose de felicidade!

Túlio cuidou da parte de divulgação, Célia da estrutura do ateliê, meus queridos amigos Wilson Lopes no violão, Márcio Braga no baixo e Carlos Lopes no sax, me acompanharam e algumas vezes me “perseguiram” enquanto eu cantava emocionada pela presença e carinho de todos os amigos e convidados.


Chamamos de “Varal Poético” porque surgiu o tema de pendurar os cartazes num varal e deixar que as poesisa ficassem “ao vento… secando…” como se pinturas à óleo fossem.


Para entregar como recordação do sarau imprimi todas as poesias que tinha até aquela data, enrolei-as e as prendi com uma florzinha de seda, arrumando-as com a idéia de um “jardim de poesias”. Cada convidado recebeu uma e após a declamação, os convidamos a lerem o poema que haviam recebido. Novamente meu coração se encharcou de amor e emoção,  pois a cada leitura eu recebia o abraço, um beijo, um sorriso e algumas lágrimas de carinho de um amigo.


O  jardim ficou enfeitando o ateliê por algumas semanas ainda e em várias aulas tive notícias de que pessoas que não puderam comparecer retiravam uma flor-poesia e a levava para casa.


Recebi flores verdadeiras, rosas vermelhas de Otávio pelas mãos de André, meu pai cantou uma música comigo, minha mãe leu uma poesia, amigos queridos do trabalho, vizinhos e colegas da turma se emocionaram comigo e eu vivi uma das noites mais felizes de que me lembro em minha vida.

Essa noite deu-me a certeza de que o próximo passo é a publicação de Amadurescência.


Ainda não sei quando, nem como, mas sei que ele já existe em meu destino desde o primeiro verso que escrevi quando olhei pela janela de meu coração, lá na minha adolescência, num tempo que nunca vai se perder dentro de mim.

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